terça-feira, 17 de novembro de 2015

Rompimento de barragem pode retirar Vale de Índice de Sustentabilidade Empresarial

Pixação na estação da Vale em Governador Valadares. (Foto: Estadão)
O rompimento da barragem de Mariana deve afetar profundamente a imagem do setor de mineração no país, informam Mariana Durão, Mônica Ciareli e Fernanda Guimarães, no Estadão. Segundo especialistas ouvidos pelas repórteres vai ficar cada vez mais difícil a obtenção de novas licenças ambientais para a construção de barragens no país porque os órgãos ambientais deverão apertar o cerco nas barragens em funcionamento e aumentar as exigências para construção de barragens novas. 

As barragens são necessárias porque a rocha bruta normalmente tem pouca concentração de minério e, para separar o ferro do restante da rocha, é gerada uma grande quantidade de rejeito, normalmente formado por grandes quantidades de lama. Acontece que as barragens exigem monitoramento constante por causa da contínua descarga de lama e, como isso custa caro, nem sempre recebe a atenção que merece. 

Mineradoras mais modernas como a Anglo American estão aplicando no Sistema Amapá métodos de reaproveitamento dos resíduos despejados nas barragens, de onde é extraído mais ferro, aumentando a produção e diminuindo a quantidade de resíduos. 

PREJUÍZO NA IMAGEM
Empresas que têm ações negociadas em Bolsa de Valores como a Vale têm que apresentar boas práticas de sustentabilidade para manter-se valorizada. O rompimento das barragens da Samarco em Mariana pode tirar a Vale do Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa. Segundo o Estadão o ISE reúne ações de empresas comprometidas não apenas com a preservação ambiental mas também com a eficiência econômica e a responsabilidade social. As ações da Vale já caíram cerca de 13% desde o desastre de Mariana. 


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