quarta-feira, 29 de julho de 2009

Importante é estar no topo do Google


“O que nós conhecemos hoje como a principal maneira de acessar um website – www.suaempresa.com - é menos usado hoje do que no ano passado e pode não ser muito usado no futuro”, escreve Jonatham Richman no site Imedia Connection.

Segundo ele, o uso de novas tecnologias pelos navegadores, como o Google Chrome, em que você pode digitar a busca no campo em que digitaria o endereço saltando direto para a página com os resultados da busca, diminui a importância do nome da empresa no endereço da homepage.

As três primeiras colocadas no ranking de busca respondem por aproximadamente 63% de todos os acessos: “Isto é, em cerca de dois terços do tempo, as pessoas não vêem mais que os três primeiros nomes antes de clicar. É onde você tem que estar”, diz ele.

Mais ainda: Se você quer ter mais chances de ser achado, tem que estar entre os dois primeiros nomes que aparecem na busca, já que o terceiro nome recebe apenas 8,44% dos cliques, comparado com os 42,3% de quem está no topo da lista. E, depois do número três os demais caem dramaticamente. “Se você está fora da primeira página, você praticamente não existe”, diz ele.

E as pessoas vão usar cada vez mais essa facilidade dos navegadores, o que implica em que é preciso trabalhar agora possuir as palavras-chave certas para estar sempre no topo.

Twitter

Um outro problema para os endereços grandes é o Twitter. Como sabem as pessoas que estão familiarizadas com o microblogging, o Twitter só aceita 140 caracteres no máximo. Então, se alguém for postar o endereço da sua homepage no Twitter (usando os vários sites de abreviação como o bit.ly por exemplo) o nome da marca pode se perder.

O que Richman aconselha é você criar um endereço já reduzido. Uma marca como http://www.doseofdigital.com/healthcare-pharma-social-media-wiki/ poderia virar http://bit.ly/11dBiH depois de abreviada no bit.ly. Em tempo: esse é o endereço do blog do próprio Richman.

Conselho de Richman: “Ao invés de criar um endereço longo ou um monstrengo como http://bit.ly/5Jdi inclua seus próprios caracteres depois do bit.ly: http://bit.ly/DoDPharma. Isso ainda lha dá controle sobre a sua marca e reconhece que os longos endereços de Internet estão mortos”.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O marketing São Francisco: é dando que se recebe


O marketing São Francisco: é dando que se recebe

Quanto mais se aprofunda e amplia o poder do consumidor da Nova Economia, mais importante se torna para às empresas compartilhar suas marcas com seus públicos. Na era 2.0 vale a filosofia de São Francisco de Assis: é dando que se recebe.

Só para dar um exemplo banal. A quem pertence o YouTube? Quem controla o seu conteúdo? O YouTube é um fenômeno porque não tem dono, é de todo mundo que posta seus vídeos nele e também de quem os assiste, que se identifica com o que escolhe para ver.

“A sua marca não é o que você pensa que ela é, ela é o que seu cliente pensa, o que seus empregados pensam e o que os seus vendedores pensam que ela é”, escreve Eric Brown em “Who Owns Your Brand?”.

A marca, embora seja o maior patrimônio de sua empresa (é com base nela que as pessoas decidem se vão continuar fazendo tilintar a sua caixa registradora) anda por aí, na cabeça dos milhares (ou milhões) de pessoas que se relacionam com ela. Quanto mais eles se sentem donos dela, mais a protegem, mais a defendem, mais compram e levam os outros a comprar.

A campanha de Obama, por exemplo, só foi o sucesso que foi por não foi a campanha do Obama. Foi a campanha de milhões de americanos ansiosos por defender uma causa, a causa da mudança diante de uma América envergonhada do presidente que tinha e do que representava para a imagem da Nação.

E ao fazer doações, as pessoas não apenas davam dinheiro. Elas compravam um pedacinho da causa, se sentiam parte da mudança e se tornavam, na verdade, evangelistas e propagadores dela.

“Da mesma forma como os times têm torcedores, as marcas têm evangelistas. E à medida em que cada fã se sente dono do time, um evangelista de marca tem o mesmo senso de propriedade sobre ela. Esse senso de propriedade dá aos evangelistas da marca um poderoso incentivo para ver a marca ser bem sucedida”, escreve Mack Collier.

O papel do marketing, da publicidade, da comunicação é criar experiências ricas para as marcas de que cuidam possam ser apropriadas pelos seus públicos e defendidas por eles. É criar novas dimensões de entretenimento e interatividade ligadas à marca, não apenas não Web, mas na vida real.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Video mostra funcionarios do Domino's fazendo porcarias ao preparar sanduíche

Como a sua marca reagiria diante disso?

Um video postado no YouTube mostra funcionários do Domino's fazendo porcarias (como enfiar um pedaço de queijo no nariz ou passar a mão na bunda) ao preparar sanduíches.

Trata-se evidentemente de um ato de sabotagem praticado por dois funcionários (que teriam sido demitidos, segundo legenda do mesmo vídeo) mas, mesmo assim, é inegável que causa prejuízos à marca. O mesmo está acontecendo com o Speedy, serviço de banda larga da Telecom, que foi interrompido em São Paulo.

Então, como reagir a isso? Veja os conselhos do colunista Abbey Laassen, do Ad Age:
1. Localize com precisão de onde vêm os boatos. Veja quem pode estar zangado e por quê. Saber exatamente de onde partem os boatos e a que eles podem levar. São eles seus clientes ou não? A prioridade devem ser os seus consumidores mais leais na hora prestar contas.

2. Dizer que não sabe é melhor que dar explicações vagas. Conselho de Laassen: Dizer “estamos atentos a esse problema, não vamos ignorá-lo. E estamos trabalhando duro para descobrir o que aconteceu”.

3. Meça muito bem a sua reação para não fazer alarde. É preciso tomar cuidado para botar mais lenha na fogueira dando uma resposta no Jornal Nacional a alguma coisa que ficou restrita a uma troca de e-mails entre as pessoas. É importante não fugir do assunto e assumir erros. “Um pequeno segredo sobre a natureza humana: saber que alguém está ouvindo você é às vezes mais importante do que conseguir exatamente o que você quer”, diz Laassen.

4. Cuidado com o tom. Usar um tom frio, impessoal, distante pode comprometer a imagem de uma empresa que cultiva a imagem de ser atenta às necessidades dos seus clientes. Diane Hessan, da Communispace – ouvida pela Ad Age – diz: “As pessoas não esperam que as empresas sejam infalíveis, mas que queiram aprender, se aproximar de seus clientes e que queiram realmente ouvir e tenham compromisso em resolver problemas...”.

5. Explique o que vai fazer para evitar novos problemas no futuro. Seja aberto, explique muito bem o que aconteceu, por que aconteceu e demonstre claramente o que vai fazer para que isso não aconteça de novo.

6. Prevenir é melhor que correr atrás do prejuízo. Marcas fortes, que têm conexões emocionais com seus públicos, costumam sair-se melhor quando se defrontam com esse tipo de problemas. Lembro-me por exemplo da TAM quando teve aquele primeiro acidente em Congonhas no auge da reputação do Comandante Rolim: as pessoas com quem falei simplesmente não queriam acreditar que o problema fosse culpa da empresa. “Se as pessoas amam a sua marca você pode atravessar você mesmo essas intempéries”, diz Laasen.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

MAIS SEGREDOS DE OBAMA, SEGUNDO O COORDENADOR DA CAMPANHA

O segredo do sucesso da campanha de Barack Obama não foi usar as mais avançadas tecnologias do mundo digital, mas integrá-las às ferramentas tradicionais, declarou o responsável de new media da campanha, Joe Rospars à Advertising Age.

Rospars, que é sócio fundador da empresa Blue State Digital, esteve na Ad Age Digital Conference em Nova York e disse que muito mais que uma única idéia sensacional e inovadora, o que funcionou mesmo foi uma velha prática: integrar as ferramentas disponíveis. “Tudo tem que trabalhar junto para atingir as metas de marketing”, ele disse.

O trabalho de Rospars e sua equipe começou cedo. Ainda em 2007, quando Obama não era nem mesmo candidato a candidato. E a coisa rolou solta, sem empecilhos como restrições orçamentárias ou exigências de metas fixas a atingir.

“O processo foi muito mais uma conversa”, ele diz, “era sobre como poderíamos integrar peças de organização como o registro de eleitores e usar o espaço digital para cultivar as pessoas como organizadores em estados onde não tínhamos nenhuma presença”.

O grande sucesso das doações pela Internet, por exemplo (a campanha de Obama foi sustentada em grande parte por um grande número de pequenas doações feitas pela Internet). Rospars considera que mais importante que o dinheiro arrecadado, foi o fato de os eleitores construírem uma relação com o candidato.

E mesmo considerando a importância de uma campanha de e-mails ele avalia que mais importantes que os e-mails provenientes da campanha são os e-mails que as pessoas trocam entre si.

"O relacionamento que os votantes construíram entre si não terminou com a eleição tem tampouco o relacionamento entre eles e o Presidente”, disse Rospars. "Ganhando ou perdendo isso ia continuar e eles agora estão exigindo desempenhar um papel no processo em Washington e dentro de suas comunidades.”

Quer dizer: o grande negócio da Web é quando a sua mensagem chega nas pessoas e elas resolvem repassá-la para seus amigos e conhecidos. Da mesma forma como muitos repassam piadinhas, powerpoints de auto-ajuda e outras bobagens, elas podem repassar idéias com as quais concordam. Elas podem difundir causas às quais resolveram aderir.

Foi isso o que aconteceu na campanha de Obama e também o que aconteceu no segundo turno da eleição municipal em Belo Horizonte. A diferença é que, no caso de Obama, a relação do candidato com seus eleitores via Web continua sendo alimentada.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Cantora quer trocar gravadora pelo Twitter

A moça acima é uma cantora. A novidade é que a música que ela está cantando é uma súplica para que a gravadora com que tem contrato, a Roadrunner Australia, deixe-a ir. O motivo? Amanda Palmer, a moça do vídeo, acha que seus contatos via Twitter e e-mail funcionam melhor para vender discos e atrair gente para os shows.
“Isso é uma lição de como o futuro da música vai funcionar – os fans estão literalmente (literalmente mesmo…) fazendo filas na mesa de autógrafos depois dos shows, me entregando dinheiro e dizendo ‘Obrigado”, escreve ela no site NJN Network.
Além de comparecer aos shows, os fãs até mesmo ajudam a pagar parte da equipe que viaja com ela em excursão: “Eles nos levavam para jantar toda noite, nos deram lugares para dormir (…) tudo sem rótulos (de gravadora), tudo usando e-mail e twitter. Os fãs acompanharam a aventura, Eles adoraram ajudar”.
(A partir do post de Peninha Schimidt)

Com Google e redes sociais, pesquisa de mercado entra na Era 2.0


Esqueça as qualis, quantis e outras ferramentas da pesquisa tradicional. A nova pesquisa de mercado usa os rastros que deixamos ao navegar na Internet para identificar tendências de comportamento e de consumo.

Se você costuma fazer compras pela Amazon, fica mais fácil entender do que estou falando. De acordo com o tipo de livros que você costuma comprar, o site identifica o endereço IP do seu computador (espécie de impressão digital eletrônica de cada maquina) e indica livros que ele acha que são a sua cara.

Da mesma forma, o Google vai rastreando as suas preferências e identificando o seu perfil de consumo. O mesmo fazem os outros sites de busca, como o Yahoo e MSNSearch. Essas informações são repassadas aos novos gurus da pesquisa online como Bill Tancer, que além de analisar os dados dos mecanismos de busca, passa um pente fino nas redes sociais como Orkut, MySpace e Facebook.

O resultado é que Tancer coleta dados muito mais confiáveis do que a das pesquisas tradicionais. Ou você acha que aquele circunspecto cavalheiro que lhe cumprimentou hoje pela manhã confessaria num grupo de pesquisa que adora dar uma fuçadinha num site pornográfico de vez em quando?

“Na condição de participantes de pesquisas, a maioria de nós se preocupa com a própria reputação, isto é, não queremos oferecer um vislumbre sequer de nossa vida cotidiana que possa fazer com que pareçamos pessoas imorais”, escreve Tancer no livro Click, já traduzido no Brasil. Mas quando você está sozinho, na privacidade do seu computador, esse cuidado deixa de ser necessário.

Os dados manipulados pelas empresas são anônimos e a pesquisa online não quer dizer, necessariamente, que haja um Big Brother por aí nos espionando. Muitas vezes somos nós mesmos que oferecemos informações a nosso respeito dentro das redes sociais, no afã de fazer amigos com gostos semelhantes.

Ou oferecemos dados pessoais em troca de serviços, quando, por exemplo, você se registra no GMail (para ganhar um endereço de e-mail grátis) ou na página de notícias do Google (para ganhar um jornal eletrônico exclusivo, só com as notícias que lhe interessam).

“A personalização da busca procura determinar quem você é pelos dados demográficos que oferece (como quando você se registra no Yahoo) e/ou por seu histórico de clickstream”, escreve John Batelle, no livro “A Busca”, sobre o Google e seus concorrentes. O clickstream são as pegadas que seu endereço IP deixa ao navegar.

É da capacidade de acumular essas informações e transformá-las em negócios que vem a força do Google: “Os dados sobre comportamento de busca e de uso da internet podem ir além de mero mapeamento da força de um candidato ou de uma nova marca (...). Eles podem oferecer uma visão privilegiada do próprio processo de tomada de decisões, e, ao contrário das pesquisas tradicionais, esse comportamento observado não é distorcido por nenhum tipo de inclinação, tendência ou preconceito na selecão dos participantes”, escreve Bill Tancer.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Acredite em Papai Noel, diz a Macy's

Ontem, reunião de lançamento do Clupe de Planejamento de Minas Gerais. Ken Fujioka, da JW Thompson, conta o case da Macy's que, em plena crise, resolveu propor ao consumidor que acreditasse em Papai Noel.

Japoneses criam robô capaz de amar, mas a máquina enlouquece


Os cientistas japoneses criaram um robô capaz de amar, mas a experiência não acabou bem. A máquina enlouqueceu de amor, abraçou uma moça e não a soltou até que foi desligada.

“Esse foi apenas um pequeno contratempo. Tenho plena fé que um diz viveremos lado a lado com eles, e que até possamos amar e ser amados por robôs”, disse o pai da máquina, Dr. Takashi.

Veja a nota no Geek, clicando aqui.

Visão de logomarcas pode alterar o comportamento das pessoas


Dessa o Steve Jobs vai gostar: a logomarca da Apple, além de vender os produtos da empresa, torna as pessoas mais criativas. Pelo menos esse foi o resultado de uma pesquisa (veja aqui a matéria sobre a pesquisa, em inglês) conduzida professores Gavan Fitzsimons e Tanya Chartrand da Universidade Duke, e Gráinne Fitzsimons da Universidade Waterloo.

“Todos nós somos expostos a milhares de imagens de marcas todos os dias, muitas das quais não estão relacionadas com publicidade paga” diz Gavan Fitzsimons. “Nós achamos que exposições incidentais a marcas não nos afetam, mas o nosso trabalho demonstra que até mesmo rápidos flashes de logotipos nos afetam muito”.


A equipe realizou um experimento no qual 341 estudantes da universidade completaram o que eles acreditavam ser um teste de acuidade visual, durante o qual o logotipo da Apple ou o da IBM era mostrado tão rapidamente que eles nem percebiam. Depois disso, os participantes completavam uma tarefa destinada a avaliar a criatividade: eles deveriam listar todos os usos possíveis de um tijolo além de construir uma parede.

Resultado: quem viu o logotipo da Apple mesmo sem notar descobriu usos mais criativos para o tijolo não apenas sob o ponto de vista dos pesquisadores como de um grupo de juízes independentes selecionados para avaliar os trabalhos. Os pesquisadores consideram que a Apple que trabalha há anos a idéia do "Think different", associada à criatividade e ao incomum, consegue de fato influenciar o comportamento das pessoas.

Algo parecido aconteceu numa outra pesquisa que eles fizeram com as marcas Disney e E! Channel. Quem foi exposto subliminarmente à marca Disney agiu de forma mais honesta do que quem viu a da E! Channel. Conselho dos pesquisadores: marcas com associações fortes como a Apple deveriam gastar menos dinheiro com publicidade convencional e investir mais em ações de product placement (o popular merchandising - colocar o produto numa novela ou filme) e outras formas de exposição rápida da marca.

E quanto aos consumidores? Bem talvez, na hora de malhar, seria interessante ter por perto um logo da Nike.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Obama usa Web para falar com eleitores

Aqui um link direto para o pronunciamento de Obama respondendo perguntas sobre economia.

Obama responde perguntas do público pela Internet


Veja o site http://www.whitehouse.gov/openforquestions/
Nele o Presidente os Estados Unidos mais uma vez inova ao usar a Internet para falar diretamente com o público. Qualquer um pode se inscrever e perguntar. Um moderador escolhe as perguntas para evitar qualquer saia justa. Quer presidente mais 2.0 que este?

O site mais interativo do mundo


Será que os dias dos websites corporativos, da maneira como os conhecemos, estão com os dias contados?

Michelle Wohl, da Sprout (uma empresa especializada na criação de widgets, virais e outros artefatos interativos da Web) sugere, em artigo no site iMedia Connection, que sim. Ou que, na melhor das hipóteses, a forma como produzimos os websites tem que ser completamente repensada considerando o mundo da interatividade, o mundo da Web 2.0.

Para quem chegou agora: a Internet, quando começou, era como uma estrada cheia de placas, cada uma delas um website com informações sobre seu proprietário. O máximo que você poderia fazer era parar na estrada e ler a placa se aquilo o interessasse.

A Web de segunda geração (2.0) é como um grande corredor cheio de salas, onde você pode entrar, conversar, deixar fotos, filmes e até tomar posse de um pedaço de uma delas. É o que acontece no YouTube, por exemplo, cujo conteúdo é todo produzido pelo público. Ou no Orkut, em que cada um tem sua página para se relacionar com os amigos.

DEIXE QUE OS OUTROS FALEM
Hoje, as empresas que usam a Web de forma interativa normalmente mantêm blogs para interagir com seus públicos e/ou disponibilizam jogos e outros artefatos com esse objetivo.

Mas Michelle mostra o novo site da Skittles, marca de drops americana, para falar que já existem marcas que não falam nada de si mesmas, apenas deixam que os outros falem:
“Ao remover todo o entulho de que nós achamos que um website precisa e simplesmente colocando links para as páginas da marca nos sites de rede social, a Skittles está enviando uma mensagem poderosa: são os pensamentos e opiniões dos consumidores que dão forma à marca”.

É uma estratégia de marketing baseada na Web Social, nas redes de relacionamento. E, aparentemente está funcionando, já que Skittles tem aproximadamente 600 mil amigos no Facebook.

A MÁGICA DO ARCO-ÍRIS
Aliás, Skittles vem se reposicionando há bastante tempo, desde que entregou a conta para a BBDO, deixando para trás a falecida D'Arcy Masius Benton & Bowles. Na ocasião, os comerciais, mais do que falar em “saborear o arco-íris”, procuravam mostrar experiências com o arco-íris (Clique aqui para ver um dos comerciais).

É interessante notar que uma outra marca de drops conhecida dos brasileiros, a Mentos, virou um fenômeno de vendas porque a garotada descobriu, graças a alguns vídeos postados por dois alemães malucos na Web, que bastava misturar Mentos com Coca-Cola para provocar uma pequena explosão. Eles passaram a comprar mais Coca e Mentos só para fazer a experiência. E você, por que acha que as pessoas têm comprado os seus produtos?

terça-feira, 17 de março de 2009

Anunciando para os ETs?

A KFC montou uma gigantesca instalação no campo. O motivo? Fazer a sua marca ser vista do espaço.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Novo site da Natura nem fala de perfume

Para lançar a sua linha de fragrâncias Humor, a Natura criou um portal com dicas de lazer, restaurantes, espetáculos e experiências ligadas ao bom humor. (Veja o site aqui )

José Vicente Marino, vice-presidente de Negócios da Natura, explica ao jornal FolhaBlu:

“Por meio do portal, o público tem contato com os conceitos da linha Humor, como descontração, versatilidade e ousadia, sem que haja experimentação dos perfumes ou citação da marca” e inaugura uma nova forma de relacionamento da empresa com o consumidor.

O site fica no ar até o fim do ano e mostrará as opções de lazer de dez regiões brasileiras: São Paulo,
interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza. E terá seções especiais para datas, como o Dia dos Namorados e Dia das Mães.

Depois do site será lançada a campanha publicitária da nova linha de perfumes Humor, criada pela Tarteka.

É uma estratégia Through The Line, que combina ações de publicidade tradicional (Above The Line) com ações de fora da mídia (Below The Line) para conseguir o maior impacto possível no mundo da Web 2.0.



Blogged with the Flock Browser

sexta-feira, 13 de março de 2009

Como usar o YouTube, o exemplo da Arcelor Mittal

Ao fundir-se com a Arcelor, a Mittal usou o YouTube para falar com seus funcionários em todo mundo e afastar a insegurança gerada por eventuais demissões ou mudança de filosofia. Mais que isso, ela criou o seu próprio canal, a Arcelor Mittal TV, para divulgar os vídeos.

Ser “do bem”, uma outra lição de Obama para o marketing


Nada mais diferente de Obama do que, por exemplo, Richard Nixon, que aparece no cartaz acima. Assim como Obama foi eleito pela credibilidade, Nixon perdeu a primeira eleição para Kennedy por falta dela.
Muita gente ainda ri com ironia quando se fala de empresas éticas, preocupadas com outras coisas além dos lucros. Mas quando Wall Street cria um índice para diferenciar as empresas sustentáveis das outras (o índice Dow Jones de Sustentabilidade) é preciso levar a coisa a sério. Obama colocou seu compromisso com o meio ambiente como uma das grandes diferenças entre ele e seu antecessor.

O consultor Allen Adamson observa: “Nós estamos vivendo numa era de transparência, onde todo mundo pode ver e ouvir tudo quase que instantaneamente. Um passo em falso e a coisa vasa. Notícias ruins andam mais rápido que nunca seja através da onipresença do YouTube, do Facebook, dos blogs ou do Twitter.”

Portanto, não basta fingir que é legal, é preciso ter um compromisso que faça parte da essência da organização. E as pessoas se sentem bem apoiando uma causa justa.

Como escreve Drew Neisser: “Obama estabeleceu um novo parâmetro para um político ao usar a Internet para construir um banco de dados de apoiadores e atraí-los para uma rede de troca de informação uns com os outros, levando seus discípulos a espalhar sua mensagem”.

Essas pessoas não fizeram isso à toa, mas porque se identificaram com a proposta do candidato. Em Belo Horizonte, muita gente alheia à política tomou a iniciativa de enviar e-mails para os amigos e fazer campanha para Márcio Lacerda porque considerou Leonardo Quintão fraco demais para ser prefeito. Essas pessoas ajudaram a virar uma eleição que estava perdida.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Lições de Obama -2 - Adote uma causa

Uma das mais interessantes lições da campanha de Obama na Internet é a importância de se defender uma causa. Na sequencia dos comentários sobre o artigo de Drew Neisser, vamos analisar hoje como isso tem funcionado nas empresas.

Obama vestiu a farda do anti-Bush, que, em certa medida, foi o seu principal cabo eleitoral. Bush arrasou a imagem e a economia dos Estados Unidos e humilhou a sociedade. Obama resgatou a auto-estima das pessoas dizendo: “Sim, nós podemos”.

Quer dizer: não importa o que esse louco tenha feito ou quanto poder ele (Bush) tenha, nós podemos virar o jogo se nos unirmos e fizermos alguma coisa. Obama, com seu currículo, inteligência e seriedade credenciou-se para canalizar essa mudança.

"As marcas mais bem sucedidas hoje em dia são baseadas em idéias que são não apenas diferentes e relevantes, mas simples”
escreve Allen Adamson, diretor executivo da Landor Associates citado por Drew Neisser, Melhor dizendo, são idéias “do bem”, capazes de mobilizar as pessoas em torno de uma causa.

Exemplos:

• A causa da Oi, por exemplo, foi a luta contra o desbloqueio (o site foi tirado do ar pela Claro, mas a Oi beneficiou-se com a causa).

• A causa da The Body Shop (marca britânica de cosméticos), fundada por Anita Roddick foi lutar contra o teste de cosméticos em animais e pelo comércio justo (Fair Trade).

• A causa da Red Hat Linux (empresa de software baseada em plataforma Linux, um software livre) é o software livre o combate ao monopólio da Microsoft.

• A causa da Smith & Nephew (conglomerado britânico de produtos medicos, citado por Drew Neisser no artigo que dá base a este) é ajudar “ Ajudar as pessoas a ”.

• A causa do Governo de Aécio Neves é “Fazer de Minas o melhor lugar para se viver”.

A adoção de uma causa permite o lançar ou fortalecer uma marca economizando milhões de dólares em propaganda (The Body Shop anunciou muito pouco). Com a palavra Paul McNamara, fundador da Red Hat Linux:

“As grandes marca da (era da) Internet têm que se ser ‘aspiracionais’: Elas criam um senso de missão compartilhada entre seus clientes. (...) Grandes marcas da era da Internet articulam seus valores, crenças e idéias. Pessoas que compartilham desses valores, crenças e idéias vão querer filiar-se à sua marca. Quem não compartilha não vai querer. Uma grande marca da era da Internet não se preocupa com pessoas que não concordam com ela”.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Lula fala no rádio. Obama, no YouTube

Enquanto Lula faz seu pronunciamento no rádio o Presidente 2.0 Barak Obama, que foi eleito e financiado graças à Web, fala aqui. Atenção políticos e pessoal de marketing em geral: daqui pra frente, tudo vai ser diferente

Como Obama usou a Web 2.0 para tornar-se o homem mais poderoso do mundo - Parte 1


Como um líder comunitário negro, com sobrenome árabe (Hussein, o mesmo de Sadam) e sem apoio das grandes corporações pode tornar-se o homem mais poderoso do mundo e quais as lições ele tem para o pessoal de marketing?

O consultor de marketing Drew Neisser, fez um pequeno estudo sobre os segredos de Obama para chegar lá e entrevistou algumas empresas que seguiram métodos parecidos (Leia aqui o texto integral, em inglês).

Duas grandes lições saltam os olhos: o uso intensivo e eficiente da Internet (inclusive na arrecadação de dinheiro) e a uma causa poderosa o suficiente para arregimentar praticamente o mundo todo (muita gente sem cidadania americana escolheu Obama como candidato mundo afora).
“Obama estabeleceu um novo parâmetro para um candidato politico ao usar a Internet para construir um banco de dados de apoiadores e atraí-los para uma rede de troca de informação uns com os outros, levando seus discípulos a espalhar sua mensagem”, escreve Neisser.

E exemplifica:
"De uma maneira parecida, a Deloitte Touche recentemente estimulou seus empregados em todo o mundo a criar videos curtos mostrando o que a Deloitte significa para eles. O Deloitte Film Festival resultou em 370 videos, criados por empregados de todos os níveis da empresa, envolvendo mais de 1200 participantes. Essa iniciativa fortaleceu substancialmente a comunidade global da empresa. Veiculados no YouTube, os filmes apresentam a empresa a jovens candidatos ao emprego de uma forma única e relevante. "
Ao todo, Drew enumera as 10 lições de Obama para conquistar o mundo pela Internet, inclusive uma usada por uma empresa bem conhecida dos brasileiros (e principalmente dos mineiros), a Arcelor Mittal. Ao longo desta semana, o blog vai desenvolver e comentar as outras táticas de Obama analisadas por Drew Neisser. Fique ligado.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Dicas das ONGS conseguir espaço na imprensa


Você já percebeu como ONGs como Greenpeace são habilidosas em conseguir espaço na imprensa e repercussão para seus eventos? A revista Utne, voltada para a mídia alternativa, acaba de publicar um artigo do jornalista e ativista inglês Symon Hill cheio de preciosas dicas que, se são boas para as ONGs, são ótimas para qualquer profissional de comunicação. Veja aqui o artigo em inglês ou leia abaixo as 10 dicas devidamente traduzidas e livremente adaptadas para a nossa realidade.

1. Tenha uma mensagem clara.
Decida o que você quer dizer e repita isso de forma clara e objetiva. Não deixe as grandes frases se perderem no meio de coisa sem importância. Relacione a sua causa às preocupações do dia-a-dia. Por exemplo, se você defende ética nos negócios, demonstre que isso é financeiramente viável e bom para todo mundo. Se você falar calmamente e de um jeito que qualquer um entenda, idéias radicais podem parecer não apenas razoáveis mas até mesmo óbvias.

2 . Torne a imprensa uma prioridade.
Para ter sucesso nas campanhas de mobilização é preciso significa fazer do relacionamento com a imprensa uma prioridade. Muita gente organiza um evento e só depois pensar em avisar a mídia. Coloque a imprensa no centro do seu planejamento desde o começo.

3. Ofereça novidades.

Alguma coisa só é notícia se for novidade. Debate de ideias geralmente não é notícia, mas você pode fazer com que sejam. Quando a Universidade de Londres lutou pela ética nas relações comerciais , eles sabiam que não ganhariam as manchetes simplesmente repetindo os benefícios da ética. Por isso fizeram uma pesquisa que mostrou que os estudantes da Universidade de Londres estavam entre os mais entusiasmados consumidores de mercadorias produzidas de forma ética. Assim eles criaram uma notícia para a imprensa. Não se esqueça de usar a imaginação!

4. Organize bem o cronograma do evento
. Se você pretende sair numa revista semanal que fecha nas terças à tarde, não realize um evento na manhã de terça. Esteja onde os jornalistas estiverem, literal e metaforicamente. É difícil trazer jornalistas para um protesto na frente da sede de uma grande empresa, mas se o protesto coincidir com a grande reunião anual da empresa, os repórteres já estarão lá. Se você avisá-los com antecedência, vão procurar você para entrevistá-lo.

5. Fale com jornalistas.

Isso parece óbvio, mas nem sempre merece a devida importância. Envie releases sempre mas não confie só neles. Ligue para os jornalistas que receberam o release e seja bem objetivo e breve ao falar. Muitos simplesmente não estarão interessados. Mas pode ser que você encontre alguém que queira saber mais.

6. Construa relacionamentos.

Procure os jornalistas sempre que você tiver uma boa pauta, e fale especialmente com aqueles que tiverem se mostrado interessados anteriormente. Se você for objetivo e confiável e oferecer sempre bons assuntos, eles sempre vão ligar para ouvir você sobre um assunto ou outro. Um bom relacionamento com uns poucos jornalistas vale por milhares de press releases.

7. Escolha o canal certo. 
Quem você quer influenciar? Se você quer mudar a opinião pública local, a imprensa local, é claro, é imprescindível. Quando o grupo britânico People and Planet lançou a sua Declaração Verde da Educação, eles se dirigiram a publicações especializadas em educação. A notícia foi lida por menos pessoas do que se tivesse ido para a mídia de massa, mas ela atingiu os responsáveis pelas decisões com que a campanha queria falar.

8. Dê uma cara humana à notícia.
 Uma única morte é uma tragédia. Um milhão de mortes é uma estatística. Por exemplo, o grupo Disarm UCL é um grupo de estudantes da University College London que luta para acabar com os investimentos da UCL em armamentos. Eles descobriram um estudante da universidade chamado Richard Wilson que tinha escrito um livro sobre a morte de sua irmã, causada pelo tráfico de armas. Ao envolver Wilson na campanha eles humanizaram a história e com isso ficou mais difícil para seus adversários acusá-los de inexperientes e fora da realidade.

9. Ofereça uma boa foto.
 Uma grande imagem pode ajudar ou atrapalhar suas chances de uma boa cobertura. Os assuntos a ser fotografados precisam ser originais e significativos mas também precisam ilustrar bem a mensagem que você quer passar. Um bom exemplo são universitários com quepe de formatura fardados como soldados para ilustrar a influência militar nas universidades. Em fotos de protestos preocupe-se com o cenário de fundo. Se você vai fazer um protesto na frente de uma empresa ou loja assegure-se de que o nome da empresa apareça nas fotos. E não confie só nisso: arranje alguém bom com uma câmera e produza as fotos que interessam à sua causa..

10. Seja persistente.
O relacionamento com a mídia é difícil, principalmente quando você está começando. Mas não desista! Quanto mais você faz, mais contatos você adquire e mais cobertura você consegue. Envie press releases regularmente e informe o seu telefone. Isso tudo pode ser muito compensador quando você ver a cobertura da imprensa fazendo a diferença na sua campanha.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Outliers, O sucesso deveria ser mais regra e menos exceção


Todos nós admiramos gente como Bil Gates, Robert Oppenheimer e tantas outras pessoas que se destacam da maioria. E, por causa de gente como eles, inventamos uma cultura que supõe que ter sucesso na vida depende muito talento, muito esforço e muitas outras qualidades individuais.

O novo livro de Malcolm Gladwell, Outliers, destaca um aspecto pouco valorizado do sucesso: o papel da sociedade, do contexto, do momento histórico e de outros fatores externos ao indivíduo. Gates, claro, é um sujeito extraordinariamente talentoso que batalhou muito na vida. Mas, mostra Gladwell, ele teve a sorte de ter acesso ilimitado a computadores num momento em que pouquíssimas pessoas no mundo podiam sequer sonhar com esse privilégio. O mesmo aconteceu com Steve Jobs.

No entanto, no processo de seleção para o hóquei no gelo, um dos esportes nacionais do Canadá, muita gente talentosa pode ficar na berlinda. O motivo, segundo Gladwell é que as inscrições para a Liga Júnior, a porta de entrada para o hóquei, terminam no dia 1º. de janeiro. E quem nasce próximo a essa data chega no processo de seleção mais desenvolvido que quem nasce depois. E acaba passando na peneira. Com isso, ganha acesso a um treinamento super privilegiado que o coloca definitivamente na frente dos outros. Aí, sim, se torna um Outlier, um Fora de Série.

Assim como calendário, a origem social, a auto-estima, o momento histórico e outros fatores acabam barrando gente que poderia ser muito valiosa para a sociedade. O exemplo mais gritante é o de ChristopherLangan, um homem com um QI superior ao de Albert Einstein, que ganhava a vida como... leão-de-chácara. Gladwell compara a vida de Langan com a de outro gênio, Robert Oppenheimer, o chefe do Projeto Manhattan, que criou a bomba atômica. Oppenheimer, com um QI bem menor que o de Langan, teve auto estima e traquejo social para superar os obstáculos que a vida colocou em seu caminho. Langan se sentiu rejeitado e acabou desistindo.

A lição que fica é: nossa sociedade, que é tão seletiva que valoriza tanto o darwinismo social, deveria levar mais em conta a maneira como formamos as pessoas e selecionamos algumas delas para merecer mais atenção que as outras. Se mais pessoas tivessem mais oportunidades teríamos mais gente de valor criando valor para a sociedade e para o mundo. Mas o que fazemos é oferecer o pódio a uns poucos e varrer a maioria para baixo do tapete.