quarta-feira, 11 de março de 2009

Lições de Obama -2 - Adote uma causa

Uma das mais interessantes lições da campanha de Obama na Internet é a importância de se defender uma causa. Na sequencia dos comentários sobre o artigo de Drew Neisser, vamos analisar hoje como isso tem funcionado nas empresas.

Obama vestiu a farda do anti-Bush, que, em certa medida, foi o seu principal cabo eleitoral. Bush arrasou a imagem e a economia dos Estados Unidos e humilhou a sociedade. Obama resgatou a auto-estima das pessoas dizendo: “Sim, nós podemos”.

Quer dizer: não importa o que esse louco tenha feito ou quanto poder ele (Bush) tenha, nós podemos virar o jogo se nos unirmos e fizermos alguma coisa. Obama, com seu currículo, inteligência e seriedade credenciou-se para canalizar essa mudança.

"As marcas mais bem sucedidas hoje em dia são baseadas em idéias que são não apenas diferentes e relevantes, mas simples”
escreve Allen Adamson, diretor executivo da Landor Associates citado por Drew Neisser, Melhor dizendo, são idéias “do bem”, capazes de mobilizar as pessoas em torno de uma causa.

Exemplos:

• A causa da Oi, por exemplo, foi a luta contra o desbloqueio (o site foi tirado do ar pela Claro, mas a Oi beneficiou-se com a causa).

• A causa da The Body Shop (marca britânica de cosméticos), fundada por Anita Roddick foi lutar contra o teste de cosméticos em animais e pelo comércio justo (Fair Trade).

• A causa da Red Hat Linux (empresa de software baseada em plataforma Linux, um software livre) é o software livre o combate ao monopólio da Microsoft.

• A causa da Smith & Nephew (conglomerado britânico de produtos medicos, citado por Drew Neisser no artigo que dá base a este) é ajudar “ Ajudar as pessoas a ”.

• A causa do Governo de Aécio Neves é “Fazer de Minas o melhor lugar para se viver”.

A adoção de uma causa permite o lançar ou fortalecer uma marca economizando milhões de dólares em propaganda (The Body Shop anunciou muito pouco). Com a palavra Paul McNamara, fundador da Red Hat Linux:

“As grandes marca da (era da) Internet têm que se ser ‘aspiracionais’: Elas criam um senso de missão compartilhada entre seus clientes. (...) Grandes marcas da era da Internet articulam seus valores, crenças e idéias. Pessoas que compartilham desses valores, crenças e idéias vão querer filiar-se à sua marca. Quem não compartilha não vai querer. Uma grande marca da era da Internet não se preocupa com pessoas que não concordam com ela”.

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