sexta-feira, 20 de abril de 2007

São Paulo sem Outdoors

Como será uma metrópole sem outdoor? O fotógrafo Tony de Marco fotografou São Paulo (Veja as fotos, no Flickr), onde o prefeito Gilberto Kassab proibiu outdoors, placas e qualquer tipo de mídia externa, para espanto dos publicitários do mundo.
"São Paulo expurga os anúncios. Não, nós não estamos brincando", afirma o blog AdRants. Larry Rohter, o correspondente do New York Times que adora falar dos hábitos alcoólicos do nosso presidente, descreve seu espanto no Herald Tribune:Imagine uma metrópole moderna sem publicidade externa: sem outdoors, sem placas em neon piscando, sem painéis eletrônicos com mensagens se arrastando em baixo". O site Billboardom lembra o projeto Delete, em que dois artistas cobrirarrm todos os outdoors numa rua de Viena. E por aí vai. Um alerta para (nós) publicitários: a publicidade não solicitada, invasiva, perde cada vez mais espaço no mundo moderno. Pode ser que o que Kassab faz seja um exagero, mas o que a indústria publicitária tem feito ao longo dos anos também é. É hora de substituir o ruído, o excesso, a poluição visual e sonoro por mensagens que de fato acrescentem algo às pessoas, levando arte, entretenimento e informação. Só para lembrar: a melhoria da publicidade na Grã Bretanha tem levado as pessoas a chegar mais cedo aos cinemas para ver os anúncios que passam antes dos filmes. O que é bom, todo mundo quer ver.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Novo comercial da Pepsi com Ronaldinho, Beckham e cia.

Como lançar uma marca de sucos num país cheio de concorrentes



O que você faria se fosse lançar uma marca de sucos? Hummmm.... Provavelmente diria que seu suco é natural, mostraria muitas frutas fresquinhas, geladinhas, apetitosas nas embalagens. Mas, isso não é o que todo mundo faz? “Ah, mas se não for assim ninguém vende suco”. Bem, um sujeito chamado Tim resolveu lançar uma marca de sucos na Austrália. E na Austrália, as seções de sucos dos supermercados vivem abarrotadas de marcas. Se Tim dissesse que o suco dele era o mais natural...

A primeira coisa que Tim fez foi escolher o nome: Nudie, que lembra nudez no diminutivo (numa tradução direta seria algo como “nuzinho”), reforçando a promessa da marca de que o suco é puro, nele não se acrescenta nada. No website, um personagem chamado Tall Tim (Tim Grandão) oferece uma carta para os consumidores de Nudie:

Caro (coloque aqui o nome da sua merceria favorita)
Tive o prazer recentemente de experimentar Nudie – um novo tipo de suco sem nenhum aditivo (Sim, eu sei que você já ouviu isso antes sobre nenhum aditivo, mas o pessoal do Nudie realmente fala sério!)) Mas o motivo dessa carta é saber se você seria legal o bastante para pensar em passar a vender Nudie. Se você fizer isso, eu lhe seria eternamente grato e iria comprar pelo menos (coloque aqui a quantidade) Nudies toda semana! Para ter sua geladeira completamente abastecida com Nudie hoje (ou no próximo dia útil, se você está lendo isso depois do expediente) ligue agora para 1-800-GO-NUDIE. O pessoal da entrega está esperando....


O branding guru Martin Lindstrom explica: “Tim transformou seus canais de distribuição em canais de branding ao envolver os consumidores na ação”. E lembra também dos carros de Nudie, bonitinhos, pintados de roxo. “Tim conseguiu tratar cada canal de comunicação que se possa imaginar de uma maneira alternativa. O pequeno volume da verba dele provavelmente surpreenderia você”, afirma Lindstrom. O resultado? Nude hoje é um dos mais estrondosos sucessos de negócio da Austrália e uma das quatro marcas mais fortes daquele país.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Google compra a DoubleClick e fica ainda mais forte no mercado de publicidade



Atenção publicitários, marketeiros e anunciantes: o Google está reforçando a musculatura para entrar pesado e dividir a história do mercado publicitário ao meio. A Advertising Age (leia o artigo aqui, em inglês) anuncia hoje que o serviço de busca acaba de adquirir a empresa DoubleClick, especializada em assessorar anunciantes e donos de páginas em mídia da Internet.

Quem lê este blog vai poder juntar as duas coisas para entender melhor o movimento. O Google já havia anunciado uma experiência com a TV por satélite Echostar em que os anunciantes poderão acompanhar a audiência segundo a segundo, permitindo criar um leilão de espaço publicitário semelhante ao leilão de ações na Bolsa de Valores. Ao mesmo tempo, uma outra empresa anunciava o lançamento de uma bolsa de anúncios para vender publicidade na Internet. O nome da empresa? Sim, exatamente a DoubleClick que o Google acaba de comprar.

O valor pago pela DoubleClick chocou até mesmo o experiente pessoal do Sillicon Valley, segundo a AdAge, já que é cerca de 10 vezes maior que o lucro da empresa, que era avaliada em 2 bilhões de dólares. O Google teria topado pagar 1 bilhão e 100 milhões de dólares a mais (um número assim tem que vir por extenso) para manter a DoubleClick longe do alcance da Microsoft, que também queria abocanhar a companhia. Opinião deste blogueiro:
1) O Google quer fortalecer a sua posição na publicidade customizada, onde o anunciante pode acompanhar o desempenho do anúncio segundo a segundo.
2) Depois de consolidar isso na Internet, o Google vai levar a idéia para a publicidade tradicional.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Diferenças entre marketing, relações públicas, publicidade e branding

Do Blog do Ads of The World. Genial!!!

Que vidro que nada!



Anúncios para o limpa-vidros Benckiser Brasso, pela Thompson do México, publicado no site Ads of the World
Ficha Técnica:

Agência: JWT, Mexico
Diretores de Criação : Alvar Suñol, Manolo Techera, Alvaro Zunini, Santiago Chaumont
Diretor de Arte: Karla Santaanna
Redatores: Karla Santaanna, Ina Olvera, Jonathan Jáuregui
Foto: Flavio Bizzarri
Produtor: Silvia Gómez

Diet Coke e Mentos explodem (literalmente) na Internet


Por essa o inventor da Coca Cola não esperava. O xarope que ele criou como remédio, e que depois ganhou o mundo como refrigerante, virou... experiência de cientista maluco. Dois malucos profissionais, da empresa de entretenimento eepybird.com criaram um vídeo mostrando como, misturando Diet Coke com Mentos, cria-se uma mistura explosiva. E o que explodiram mesmo foram as vendas de Diet Coke e Mentos motivadas por pessoas que queriam não saborear os produtos, mas simplesmente se divertir vendo a mistura explodir ou, como no filme dos malucos, jorrar de garrafas.

Stephen Voltz e Fritz Grobe, os "cientistas malucos" do experimento são algundos dos mais famosos personagens da Web 2.0, a era do conteúdo gerado pelo usuário. A tal ponto que viraram capa da Advertising Age, o alcorão dos fundamentalistas da Madison Avenue. Veja aqui trechos da entrevista que Brad Berens, da imedia connection, fez com eles. É uma aula de como fazer marketing (viral ou não) nesse começo do Século 21.
Fritz Grobe:
As marcas agora estão procurando por essas oportunidades de marketing viral. Se você não pode oferecer uma idéia autêntica que realmente vem do seu coração e da sua mente, não vai ser nada diferente da publicidade convencional. E tão logo as pessoas percebam o seu video como “apenas propaganda”, vai sair fora. Eles não vão passar adiante para os seus amigos e não vão iniciar aquela tão importante disseminação viral.
Novamente, a palavra chave é autenticidade. Wall-Mart e outros se viram em maus lençóis ao tentar esconder seu envolvimento em projetos online. Eu acho que isso vem de uma equivocada necessidade de controlar tudo. Você não pode controlar como algo viral se espalha. Você tem que relaxar, pegar leve e ser completamente honesto.

Stephen Voltz: Eu concordo totalmente com o Fritz.
Em material de erros a se evitar, eu acho que o maior perigo de todos é fazer algo que pareça um commercial. Evite como se fosse uma praga qualquer coisa parecida com um commercial típico como packshots de produto e logotipos. Não há necessidade de esconder o que você está usando – na verdade isso deve ficar muito claro - mas no minuto em que a peça fica parecida com um commercial e para isso basta um único segundo com um plano de logotipo, os espectadores não vão mais querer passar adiante para os amigos.

Depois de fusão, Gillete e Procter trocam experiências para ter sucesso em marketing


Anúncio da Gillete no Japão, com o jeitão da Procter.

Por Loise Story, do New York Times

Quando as duas corporações casaram no outono de 2005, Gillette era de Marte e seu novo dono, Procter & Gamble, era
de Venus.
Gillette, o fabricante de laminas de barbear, pilhas Duracell e escovas Oral-B, sabia como se dirigir aos homens. E a Procter & Gamble, que faz Pampers, os cosméticos Cover Girl, Tide e Charmin, falava com uma voz bem feminina.
Quase dois anos mais tarde, executivos de marketing dos dois lados dizem que ambos aprenderam com os métodos do outro. O nome Gillette enfeita o estádio de futebol do New England Patriots e a companhia patrocina vários pilotos da Nascar, assim, ela ensina a Procter sobre marketing esportivo e publicidade interna. E os gestores da Procter — que constumam usar os termos “ela” e “dela” ao falar sobre seus clientes estão compartilhando conhecimento com seus companheiros da sobre target-marketing para consumidores em diferentes regiões do mundo.
“P.& G. conhece as mulheres,” diz William Schmitz, um analista senior do Deutsche Bank. “O grande negócio deles era que 85% das decisões de compras eram feitas por mulheres. Gillette estava meio que do outro lado.”
(…)
Veja o caso da Pampers. Quando a marca de fraldas introduziu uma nova tecnologia de elástico, decidiu esquecer o caminho normal da Procter de elaborar mensagens customizadas para mercados locais e ao invés disso seguiu o caminho da Gillete, enviando uma mensagem global, que comparava a elasticidade da fralda com lagartas, dizendo que assim como a barriga do bebê aumenta e diminuiu durante o dia, as fraldas fazem o mesmo.
“Nós percebemos que quando temos uma boa idéia ela transcende o globo” , diz Jane Wildman, vice presidente mundial da Procter para produtos para bebês.

Algumas das marcas da Gillette, porém, criaram mensagens mais específicas localmente, usando as ferramentas de pesquisa regional da Procter & Gamble. Procter divide seus negócios em sete regiões e a Gillete formatou suas unidades do mesmo jeito.
No Japão, por exemplo, a Procter descobriu que os homens estavam particularmente interessados nas características do produto. Então, quando a Gillete lançou as laminas Fusion no último outono usou o nome do produto, “Fusion 5+1,” para enfatizar o fato de que a o produto vem com cinco lâminas e que tem um aparador de pelos no lado de trás. E também criou anúncios voltados especificamente para o público japonês, ao invés de seguir as práticas anteriores de adaptar comerciais já existentes.
“Nós mudamos o que dissemos sobre Fusion de um jeito que não teríamos feito no passado” diz Andrew Robertson, executivo chefe da BBDO Worldwide, a agência da Omnicom para a Gillette. “Nós não só vamos entender o que é igual em todo o lugar mas vamos também procurar o que e diferente de um lugar para outro”.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Tony Blair lança canal no YouTube para divulgar partido

Tony Blair, assim como Lula, acha que a imprensa não dá a devida cobertura a seu partido. Mas Tony Blair, chefe de Governo do país que tem a BBC (citada como modelo da TV pública que Lula pretende criar), preferiu criar um canal próprio no You Tube para, segundo ele, falar mais diretamente com as pessoas. Taí uma boa idéia para Lula copiar. Clique aqui para ver o canal dos trabalhistas ingleses no YouTube.

Troque seu espelho por uma Polaroid


A agência Santa Clara, de São Paulo, está colocando máquinas fotográficas Polaroid no lugar de espelhos em shoppings e edifícios comerciais. Será que funciona? Saiu no site www.ibelieveinadv.com

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Identity Marketing: Como conectar com o consumidor na Era do Orkut


As marcas dos produtos que usamos nos ajudam a expressar quem somos ou quem queremos ser para nós mesmos ou para os outros. Mas não expressamos e construímos nossa identidade só através delas mas também através do nosso time de futebol, dos nossos ídolos no cinema e na TV, de personagens de filmes e novelas e também através da preferência por determinados programas de entretenimento.

Aprender o que essa necessidade do consumidor significa para os negócios é tarefa do marketing de identidade, a nova abordagem do marketing na era da Web 2.0. Um recente artigo do homem de pesquisa Robert Maxwell publicado na Advertising Age (Leia aqui, em inglês, exclusivo para assinantes) explica o que isso representa para nós Marketing Lovers (e practioners).

• Saber que (exemplos de Maxwell) um tipo de consumidor gosta de Prada, Michelob, de Volvo, do personagem Jack Bauer (da série “24 horas” da Fox) é fã do grupo de rock alternativo Killers e come Doritos, pode nos ajudar a entender a conexão que existe entre essas marcas e, a partir disso, construir novas conexões para a nossa marca através dela. Podemos entender isso melhor se imaginarmos que um fã do Sepultura provavelmente não seria um cliente típico da VR ou um fanático pelo Discovery Channel.

• O fenômeno da identidade está por trás do sucesso de negócios como o Orkut, idealizados para ajudar as pessoas a dizer quem são, do que gostam e compartilhar isso com pessoas com interesses afins. E nos permite conectar com o consumidor de forma imediata, sem subterfúgios ou truques publicitários. Se ele se conecta começa a replicar imediatamente porque aquilo passa a fazer parte da sua identidade, passa a pertencer a ele. É isso o que move aquele seu amigo que vive mandando mensagens edificantes montadas no Powerpoint.

• Segundo Maxwell, o significado do plano de mídia até agora era “alcance e interrompa”. “Esse tipo de pensamento tem criado uma insatisfação enorme e as evidências sugerem que não funciona mais. Um novo paradigma construído em torno de ‘alcance e conecte’ seria um passo à frente”. Isso significa que o planejamento tem que levar em conta o conteúdo da mensagem mas onde ela será veiculada porque a eficiência também depende da identificação do espectador com o veículo onde o anúncio passa. Você não vai colocar o mesmo anúncio para um mesmo público na MTV e na Rede Vida, vai?

• Profecia de Maxwell: “Nós estamos caminhando para uma maior integração das mensagens com o conteúdo do entretenimento”. Alguém aí viu aquele gigantesco comercial da Fedex veiculado nos cinemas com o título de “Náufrago”, com Tom Hanks como garoto-propaganda?

Sua marca assinaria um anúncio como esse?

Diante de um incêndio na floresta, um esquilinho toma uma decisão: abre um pacote de drops de menta e... solta gases gelados. É engraçado, divertido, mas que marca, no Brasil, assinaria uma peça como esta?

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Google abre espaço para que promotores do Rio controlem conteúdo

Nielmar de OLiveira - Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a empresa de serviços e buscas Google firmaram um acordo para reduzir a burocracia de retirada de páginas do site de relacionamento Orkut que façam apologia a atividades ilegais.

Pelo acordo, o MP terá uma conta no Orkut para promover campanhas contra a pornografia infantil e a disseminação do preconceito contra origem, raça, etnia, sexo, opção sexual, cor, idade, crenças religiosas e outras formas de discriminação, ou outras atividades ilegais, de competência da Justiça Estadual do Rio de Janeiro.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, o órgão terá ainda uma página no Orkut especificamente projetada - disponível 24 horas por dia - para que os promotores peçam, diretamente ao Google, “a remoção de conteúdo ou a preservação de informação relacionada à atividade ilegal”. Em contrapartida, o Google manterá uma equipe disponível para responder aos pedidos do Ministério Público, “que deverão ser atendidos em até um dia útil”.

TV do Google pode levar espaço publicitário a será leiloado como ações em Bolsa

No futuro, o espaço publicitário será leiloado diariamente em Bolsa com acompanhamento da audiência segundo a segundo. E quando é o futuro? Para o Google e para a agência Double Click, especializada em Internet, o futuro já começou.

A nova TV do Google (veja post anterior) montada em parceria com a empresa de TV por satélite Echostar, já tem como anunciante a Intel, entre outros menos conhecidos no Brasil. O anunciante poderá monitorar a audiência segundo a segundo do seu computador e verá se seu comercial, ao entrar no ar, consegue manter o espectador ligado ou o faz mudar de canal. Também conseguirá saber que canal consegue segurar a audiência por mais tempo.

Já a Double Click está lançando um sistema de leilões em sua especialidade, as páginas de Internet. Como a tecnologia hoje permite monitorar a audiência segundo a segundo, o espaço será comercializado segundo o seu desempenho. É possível que determinada homepage, por exemplo, comece o dia comercializada a um valor e termine valendo o dobro, de acordo com o seu desempenho. Um bom negócio para todos, anunciantes e veículos.

O FIM DA PROPAGANDA COMO A CONHECEMOS
O título acima, do livro de David Zyman, define bem o que estamos vivendo hoje. Como o dinheiro é pequeno e a cobrança por desempenho é enorme, o dono do dinheiro, o anunciante quer ter garantias absolutas de resultado. Isso sempre foi o sonho de todos eles. Hoje, a tecnologia permite que o sonho se realize.

Ou alguém duvida que depois que o Google começar a operar sua TV as outras TVs continuarão como estão hoje? A TV do Google tem o mesmo potencial do serviço de busca para inciar uma revolução na publicidade. Hoje, o poder ainda está nas mãos do veículo, que monitora a audiência e orienta a programação para manter o espectador ligado. Mas, e quando o poder e o controle passarem para as mãos de quem efetivamente paga?

O Google anuncia que oferecerá um relatório dos programas ao final do dia, que orientará as compras do dia seguinte. Ou seja, o espaço publicitário vai se transformar em uma mercadoria comercializada em bolsa, como as ações e as commodities. E a propaganda, amigos, terá que deixar de ser uma commoditie. Com a eficiência dos anúncios sendo medida segundo a segundo, não haverá mais espaço para fazer mais do mesmo. É preciso reinventar-se. Segundo a segundo.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Imagem dos EUA no mundo é cada vez pior, revela pesquisa da BBC

Um pesquisa recente do Serviço Mundial da BBC revela o que a gente já suspeitava: George W. Bush está torrando um dos mais importantes patrimônios do seu país, a marca Estados Unidos da América. Segundo a pesquisa, que ouviu 26.000 pessoas em 25 países, só 29% dos pesquisados consideram que os Estados Unidos têm hoje uma influência positiva nas questões mundiais. Se você pensar que grande parte do sucesso comercial americano se deve a essa imagem pujante de terra da liberdade, do empreendendorismo que foi alimentada, entre outros meios, por Hollywood, vai ver o tamanho do estrago.

Energético à base de café, com mate e guaraná é a aposta da 7-Eleven para competir com Red Bull e Starbucks


Uma bebida feita com café, guaraná, erva-mate e ginseng, chamada Energy Coffee, é a aposta da 7-Eleven para o crescente mercado de energéticos. A idéia é conquistar clientes fiéis da Starbucks e viciados em Red Bull. Façam suas apostas, senhores: em quanto tempo a idéia será copiada no Brasil?

terça-feira, 3 de abril de 2007

Vem aí a TV do Google

O Google acaba de firmar uma parceria com a rede de TV digital EchoStar que vai levar o seu know-how em publicidade para a grande mídia. A idéia é criar uma rede de TV onde os anunciantes, exatamente como acontece hoje com os links patrocinados do Google, vão pagar exatamente pelo número de pessoas que vê os seus anúncios. O novo sistema vai monitorar 120 canais de TV paga segundo a segundo e permitirá aos anunciantes participar de leilões para disputar programas de maior audiência. O Google já anunciou que pretende também entrar no negócio de rádio e jornais. É o sonho dos anunciantes ou não?

Criatividade em propaganda? Que tal essa?

Excesso de publicidade pode matar a publicidade, diz Advertising Age


O excesso de anúncios no mundo está enchendo a paciência do consumidor e tornando o marketing e a publicidade menos efetivos. O alerta vem da Advertising Age, a bíblia da Madison Avenue e da propaganda mundial. Um artigo de Mathew Creamer cita várias pesquisas para demonstrar que:

• O mar já não está para peixe no mundo do marketing e da publicidade e a poluição visual e sonora dos dias de hoje só faz piorar as coisas. Diz Creamer: “O negócio da publicidade está esmagando a si mesmo sob o peso de sua própria mensagem, esgotando a efetividade de seu produto enquanto os consumidores ficam cada vez mais enfastiados com a comercialização de sua cultura e do ambiente em que vivem”.

• Com o surgimento das novas mídias, a tendência tem sido mais publicidade não só nessas mídias mas também nas tradicionais. "A todo momento surge um novo destino para as pessoas, como o YouTube ou os celulares, e a idéia geral é que temos que encontrar um jeito de botar anúncios lá” diz Bob Barocci, presidente da Advertising Research Foundation, citado no artigo. E um estudo da consultoria Yankelovich diz: “A novas mídias têm um potencial para criar ainda mais saturação, lixo e intrusão que a mídia tradicional e com isso a nova mídia só vai piorar a resistência do consumidor ao marketing.”

• Quanto mais anúncios há numa página de Internet menos as pessoas navegam por ela, menor o impacto da marca (Brand Impact) e menos gente considera comprar os produtos anunciados. É o que diz um recente estudo da agência Starcom, do grupo Publicis.

Diante disso, o que fazer? Abandonar a profissão e ir vender cachorro-quente na praia? A saída, indica o artigo, é o marketing de permissão. Mesmo diante da poluição de hoje, por exemplo, um leitor de revisas de moda acha natural que estas tenham belos anúncios em papel especial. Mas odiaria, por exemplo, ser invadido por mensagens publicitárias no celular. “O celular é pessoal demais para ser considerado um outro meio de publicidade. Se as empresas começarem a entupir as pessoas com mensagens elas vão desligar”, escreveu um leitor na homepage da AdAge.

Bob Barocci, o presidente da Advertising Research, acha que é preciso um acordo: o usuário de celular poderia, talvez, aceitar ver anúncios desde que pagasse menos pela conta. O autor deste blog, porém, pensa um pouco diferente. Melhor que remunerar o consumidor para assistir comerciais (é isso o que significa uma redução na conta) é fazer publicidade que interesse às pessoas, que leve informação, que crie vínculos emocionais, que, enfim, preste um serviço como entretenimento ou informação. E você, o que você acha?

domingo, 1 de abril de 2007

10 Novas Regras Para Construir Sua Marca


O branding guru Simon Williams tem dez dicas fresquinhas para você construir sua marca na sociedade conectada. Para ver o artigo original clique aqui Para ler em português, correndo o risco de ser submetido às sempre suspeitas contribuições e adaptações do autor deste blog, veja abaixo:

As 10 Novas Regras do Branding
1)Marca boa é aquela que influencia a cultura. A cultura é o novo catalisador do crescimento.
Exemplos: Google, que mudou mudou o jeito de usar a Web. Nike , que virou sinônimo de esporte.
2) Uma marca tem que ter opinião mesmo que você não concorde com ela.
 O Estadão sempre foi um jornal conservador. Você pode ser diferente, mas sabe exatamente o que esperar dele.
3) O consumidor quer sentir que está no comando. Os consumidores de hoje querem dar opiniões. Por isso muitas marcas estão buscando trabalhar com conteúdo gerado por seus clientes. Veja Converse, o site da All Star, com comerciais criados por consumidores.
4) Customização. Os consumidores querendo alguma coisa que seja só deles e não . produzido em massa para todo mundo. No site do iTunes, ao invés de comprar um CD pronto, os consumidores escolhem as músicas que querem e poem em seus iPods. Na Starbucks, escolhem seus blends de café preferidos e, neste site da Nike, podem desenhar seu tênis online.
5) Menos transação, mais experiência. O negócio não é só consumidor quer comprar menos e viver mais. Para vender é preciso construir uma experiência memorável e envolvente. Centauro construiu uma loja com pista de corrida, quadra e trocou vendedores por esportistas. Starbucks, ao invés de vender café, vende todo o ambiente do café.
6) Fuja da poluição visual do ponto de venda. Corredores de supermercados sempre estão abarrotados de coisas e informações. Saia dessa paisagem poluída com um visual limpo e claro.
7) Você é tão bom quanto o seu ponto mais fraco. Seja ético. Numa sociedade vigiada em rede não dá para esconder nada. O que é ruim cola fácil e não descola com facilidade. Wal-Mart e Nike que o digam.
8) Defenda uma causa. Qual é a sua contribuição para o mundo?
O planeta vive uma situação difícil com aquecimento global, injustiças sociais, etc, e as pessoas esperam que as empresas façam alguma coisa. Veja Timberland, Natura e Banco Real, com seu Fundo Ethical entre outros.
9) Pulsação, ritmo e paixão. Você já fez o teste ergométrico da sua empresa? Empresas também precisam de fôlego, resistência e agilidade para mudar. Veja o Google, a Apple.
10) Inovação: invente, tente, faça o consumidor se sentir diferente. Você já viu quantas novidades surgiram nos últimos anos? Você já viu quantas fortunas foram geradas por elas em muitíssimo pouco tempo?

O Dia em que Monsieur Stallone Perdeu um Cliente

Eu adorava a livraria de monsieur Stallone. Horas ali de pé (monsieur Stallone poderia ter providenciado uma mesa com cadeiras, mas eu relevava) folheando livros, me deliciando com a música new age de fundo... Mesmo sabendo que em outras livrarias havia gente mais atenciosa, prestativa. Mas eu achava que monsieur Stallone era profissional, com sua pilha de livros recomendados, alguns que ele já lera "mas de vinte vezes" e sua fleuma de livreiro antigo. Até o dia em que monsieur Stallone resolveu me chamar a atenção porque, segundo ele, eu estava segurando um livro de forma errada. Asseguro que não fiquei zangado, que compreendo a motivação de monsieur mas - oh, oh! - jamais voltarei a sua livraria. Monsieur Stallone, com sua rabugice, quebrou o encanto da minha experiência, fez-me sentir um excluído num lugar que eu julgava que era um pouco meu. E que por isso me julgava com o direito de recomendar, elogiar, falar bem.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Guerra de Democratas

Algum aliado do Senador Barak Obama (ou o próprio), postulante à candidatura democrata à Presidência dos Estados Unidos, resolveu bater pesado na outra candidata do partido. No YouTube está sendo veiculada uma paródia de um famoso comercial da Apple, veiculado no Superbowl. Na versão pró-Obama, Hillary aparece como uma versão do Big Brother. Na assinatura, que parodia a logo da Apple, os autores garantem que a convenção democrata "não será um outro 1984.