quinta-feira, 5 de abril de 2007

TV do Google pode levar espaço publicitário a será leiloado como ações em Bolsa

No futuro, o espaço publicitário será leiloado diariamente em Bolsa com acompanhamento da audiência segundo a segundo. E quando é o futuro? Para o Google e para a agência Double Click, especializada em Internet, o futuro já começou.

A nova TV do Google (veja post anterior) montada em parceria com a empresa de TV por satélite Echostar, já tem como anunciante a Intel, entre outros menos conhecidos no Brasil. O anunciante poderá monitorar a audiência segundo a segundo do seu computador e verá se seu comercial, ao entrar no ar, consegue manter o espectador ligado ou o faz mudar de canal. Também conseguirá saber que canal consegue segurar a audiência por mais tempo.

Já a Double Click está lançando um sistema de leilões em sua especialidade, as páginas de Internet. Como a tecnologia hoje permite monitorar a audiência segundo a segundo, o espaço será comercializado segundo o seu desempenho. É possível que determinada homepage, por exemplo, comece o dia comercializada a um valor e termine valendo o dobro, de acordo com o seu desempenho. Um bom negócio para todos, anunciantes e veículos.

O FIM DA PROPAGANDA COMO A CONHECEMOS
O título acima, do livro de David Zyman, define bem o que estamos vivendo hoje. Como o dinheiro é pequeno e a cobrança por desempenho é enorme, o dono do dinheiro, o anunciante quer ter garantias absolutas de resultado. Isso sempre foi o sonho de todos eles. Hoje, a tecnologia permite que o sonho se realize.

Ou alguém duvida que depois que o Google começar a operar sua TV as outras TVs continuarão como estão hoje? A TV do Google tem o mesmo potencial do serviço de busca para inciar uma revolução na publicidade. Hoje, o poder ainda está nas mãos do veículo, que monitora a audiência e orienta a programação para manter o espectador ligado. Mas, e quando o poder e o controle passarem para as mãos de quem efetivamente paga?

O Google anuncia que oferecerá um relatório dos programas ao final do dia, que orientará as compras do dia seguinte. Ou seja, o espaço publicitário vai se transformar em uma mercadoria comercializada em bolsa, como as ações e as commodities. E a propaganda, amigos, terá que deixar de ser uma commoditie. Com a eficiência dos anúncios sendo medida segundo a segundo, não haverá mais espaço para fazer mais do mesmo. É preciso reinventar-se. Segundo a segundo.

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