sexta-feira, 20 de abril de 2007

São Paulo sem Outdoors

Como será uma metrópole sem outdoor? O fotógrafo Tony de Marco fotografou São Paulo (Veja as fotos, no Flickr), onde o prefeito Gilberto Kassab proibiu outdoors, placas e qualquer tipo de mídia externa, para espanto dos publicitários do mundo.
"São Paulo expurga os anúncios. Não, nós não estamos brincando", afirma o blog AdRants. Larry Rohter, o correspondente do New York Times que adora falar dos hábitos alcoólicos do nosso presidente, descreve seu espanto no Herald Tribune:Imagine uma metrópole moderna sem publicidade externa: sem outdoors, sem placas em neon piscando, sem painéis eletrônicos com mensagens se arrastando em baixo". O site Billboardom lembra o projeto Delete, em que dois artistas cobrirarrm todos os outdoors numa rua de Viena. E por aí vai. Um alerta para (nós) publicitários: a publicidade não solicitada, invasiva, perde cada vez mais espaço no mundo moderno. Pode ser que o que Kassab faz seja um exagero, mas o que a indústria publicitária tem feito ao longo dos anos também é. É hora de substituir o ruído, o excesso, a poluição visual e sonoro por mensagens que de fato acrescentem algo às pessoas, levando arte, entretenimento e informação. Só para lembrar: a melhoria da publicidade na Grã Bretanha tem levado as pessoas a chegar mais cedo aos cinemas para ver os anúncios que passam antes dos filmes. O que é bom, todo mundo quer ver.

3 comentários:

  1. Concordo plenamente que a publicidade tem perdido um pouco a sua sutileza e invadido o espaço de tudo e de todos. No entando, a remoção e proibição de toda a mídia externa é uma (re)ação muito extremista. Um solução poderia ser a criação outras leis para limitar o seu uso, ao invés da sua extinção.

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  2. oi wilson! Passando pra ficar em dia com o nosso mercado, pra matar saudades suas e te deixar um beijo!

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  3. Acredito que a (re)acao extrema tem como base a necessidade de gerar um movimento em direcao a uma melhor civilidade. Nem sempre (re)acoes extremas sao negativas, e, se a publicidade se deixar reciclar e seguir um caminho com mais essencia, menos aparencia e aberracao, quem sabe teremos uma Sao Paulo mais atraente aos olhos, agradavel para seus habitantes - e por mais que isso seja uma acao pontual, ja e um comeco para alavancar outras acoes em prol de um bem geral. Nao acredito que leis para controlar esse ou aquele tipo de propaganda seriam realmente eficazes. Temos que encarar uma nova fase em que o produto oferecido pelos publicitarios deve ter mais substancia, para dai quem sabe, influenciar toda uma sociedade, estimular mais o pensamento e nao so o 'impacto instantaneo' de uma imagem simpatica, porem 'extremamente' vazia. Seguimos em frente, porque a fila ja andou. Abraco.

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