segunda-feira, 13 de abril de 2009

MAIS SEGREDOS DE OBAMA, SEGUNDO O COORDENADOR DA CAMPANHA

O segredo do sucesso da campanha de Barack Obama não foi usar as mais avançadas tecnologias do mundo digital, mas integrá-las às ferramentas tradicionais, declarou o responsável de new media da campanha, Joe Rospars à Advertising Age.

Rospars, que é sócio fundador da empresa Blue State Digital, esteve na Ad Age Digital Conference em Nova York e disse que muito mais que uma única idéia sensacional e inovadora, o que funcionou mesmo foi uma velha prática: integrar as ferramentas disponíveis. “Tudo tem que trabalhar junto para atingir as metas de marketing”, ele disse.

O trabalho de Rospars e sua equipe começou cedo. Ainda em 2007, quando Obama não era nem mesmo candidato a candidato. E a coisa rolou solta, sem empecilhos como restrições orçamentárias ou exigências de metas fixas a atingir.

“O processo foi muito mais uma conversa”, ele diz, “era sobre como poderíamos integrar peças de organização como o registro de eleitores e usar o espaço digital para cultivar as pessoas como organizadores em estados onde não tínhamos nenhuma presença”.

O grande sucesso das doações pela Internet, por exemplo (a campanha de Obama foi sustentada em grande parte por um grande número de pequenas doações feitas pela Internet). Rospars considera que mais importante que o dinheiro arrecadado, foi o fato de os eleitores construírem uma relação com o candidato.

E mesmo considerando a importância de uma campanha de e-mails ele avalia que mais importantes que os e-mails provenientes da campanha são os e-mails que as pessoas trocam entre si.

"O relacionamento que os votantes construíram entre si não terminou com a eleição tem tampouco o relacionamento entre eles e o Presidente”, disse Rospars. "Ganhando ou perdendo isso ia continuar e eles agora estão exigindo desempenhar um papel no processo em Washington e dentro de suas comunidades.”

Quer dizer: o grande negócio da Web é quando a sua mensagem chega nas pessoas e elas resolvem repassá-la para seus amigos e conhecidos. Da mesma forma como muitos repassam piadinhas, powerpoints de auto-ajuda e outras bobagens, elas podem repassar idéias com as quais concordam. Elas podem difundir causas às quais resolveram aderir.

Foi isso o que aconteceu na campanha de Obama e também o que aconteceu no segundo turno da eleição municipal em Belo Horizonte. A diferença é que, no caso de Obama, a relação do candidato com seus eleitores via Web continua sendo alimentada.

1 comentário:

  1. Show, Wilson. Adoro o seu blog. Parabéns! (Ricardo Alcântara)

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