terça-feira, 24 de novembro de 2015

Desastre de Mariana pode levar ao fim do armazenamento de rejeito em barragens


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Se os governos deixassem de aprovar projetos de armazenamento de rejeitos de mineração em barragens como as que se romperam em Mariana, mais minas passariam a usar o empilhamento a seco e buscar tecnologias alternativas e menos agressivas ao meio ambiente, declarou John Werring, consultor sênior da Fundação David Suzuki a Reuters.

“Mas o que sempre acaba prevalecendo é a economia”, lamenta ele. A Fundação é um grupo ambientalista canadense.

A previsão da Reuters é de que no Brasil o desastre de Mariana vai levar o Congresso a aprovar leis mais duras para proteger o meio ambiente no novo código de mineração e o processamento a seco pode se tornar obrigatório, de acordo com um congressista ouvido pela Reuters.

No mundo já há várias empresas usando essa tecnologia como a mina de ouro The Greens Creek no Alaska, uma das pioneiras no processo a seco. A mina La Colpa no deserto Atacama no e a mina de cobre Rosemont no Arizona nos Estados Unidos também vão usar o empilhamento a seco.

A mina de ferro Karara, na Australia deposita no deserto outback um material quimicamente inerte que é empilhado e seca antes de retornar ao solo.

"As tecnologias de empilhamento a seco estão sendo mais usadas onde a água é escassa” diz Dirk Van Zyl, professor engenharia de mineração na Universidade British Colombia.

Uma tecnologia diferente está sendo usada pela Teck Resources na mina de carvão de Elkview, no Canadá, que combina métodos secos com molhado
s e a mina de chumbo de Silvertip em British Columbia vai usar uma combinação de armazenamento seco com armazenamento no subsolo. will use a combination of dry and underground storage.

No Brasil, conforme foi noticiado aqui no Blogue já existem pelo menos três empresas trabalhando com o empilhamento a seco e o reaproveitamento dos rejeitos de minério: a Mineirita, que é uma mineradora, e a Green Metals e a New Steel, que são empresas de reciclagem.




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