Será que os dias dos websites corporativos, da maneira como os conhecemos, estão com os dias contados?
Michelle Wohl, da Sprout (uma empresa especializada na criação de widgets, virais e outros artefatos interativos da Web) sugere, em artigo no site iMedia Connection, que sim. Ou que, na melhor das hipóteses, a forma como produzimos os websites tem que ser completamente repensada considerando o mundo da interatividade, o mundo da Web 2.0.
Para quem chegou agora: a Internet, quando começou, era como uma estrada cheia de placas, cada uma delas um website com informações sobre seu proprietário. O máximo que você poderia fazer era parar na estrada e ler a placa se aquilo o interessasse.
A Web de segunda geração (2.0) é como um grande corredor cheio de salas, onde você pode entrar, conversar, deixar fotos, filmes e até tomar posse de um pedaço de uma delas. É o que acontece no YouTube, por exemplo, cujo conteúdo é todo produzido pelo público. Ou no Orkut, em que cada um tem sua página para se relacionar com os amigos.
DEIXE QUE OS OUTROS FALEM
Hoje, as empresas que usam a Web de forma interativa normalmente mantêm blogs para interagir com seus públicos e/ou disponibilizam jogos e outros artefatos com esse objetivo.
Mas Michelle mostra o novo site da Skittles, marca de drops americana, para falar que já existem marcas que não falam nada de si mesmas, apenas deixam que os outros falem:
“Ao remover todo o entulho de que nós achamos que um website precisa e simplesmente colocando links para as páginas da marca nos sites de rede social, a Skittles está enviando uma mensagem poderosa: são os pensamentos e opiniões dos consumidores que dão forma à marca”.
É uma estratégia de marketing baseada na Web Social, nas redes de relacionamento. E, aparentemente está funcionando, já que Skittles tem aproximadamente 600 mil amigos no Facebook.
A MÁGICA DO ARCO-ÍRIS
Aliás, Skittles vem se reposicionando há bastante tempo, desde que entregou a conta para a BBDO, deixando para trás a falecida D'Arcy Masius Benton & Bowles. Na ocasião, os comerciais, mais do que falar em “saborear o arco-íris”, procuravam mostrar experiências com o arco-íris (Clique aqui para ver um dos comerciais).
É interessante notar que uma outra marca de drops conhecida dos brasileiros, a Mentos, virou um fenômeno de vendas porque a garotada descobriu, graças a alguns vídeos postados por dois alemães malucos na Web, que bastava misturar Mentos com Coca-Cola para provocar uma pequena explosão. Eles passaram a comprar mais Coca e Mentos só para fazer a experiência. E você, por que acha que as pessoas têm comprado os seus produtos?
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